quinta-feira, 11 de junho de 2015

166 O PATO DEPENADO

166 Viciado em jogo de cartas, Nei Parada Dura estava jogando a dinheiro no porão da casa da dona Otília, ao lado do Bar do Aristides, quando foi escolhido para ser o “pato” da noite. Os demais jogadores começaram a fazer cruzeta para o Chico Costa lavar a burra, o que acabou acontecendo. Jones Cunha cantou a pedra:

– Porra, Nei, os caras estão dispostos a fazer você perder até as calças. Sai dessa roubada enquanto é tempo...

Nei Parada Dura não deu a mínima. Umas oito partidas depois, ele já havia perdido até o dinheiro do táxi. Saiu da mesa completamente liso.

– Eu não te falei que você ia perder até as calças? – insistiu Jones Cunha.

– Pois é, só faltou isso... Mas como esses safados me alisaram, eu vou pra casa pelado pra aprender a não me meter com um bando de ladrões!

Aí, tirou a calça, a camisa e a cueca, fez um embrulho, colocou embaixo do braço e saiu da casa de dona Otília só de sapato. E foi andando desse jeito até a sua casa, localizada no final da Rua Duque de Caxias, lá na Praça 14.

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