Edinês, Afonso Libório, Luiz Lobão, Lúcio Preto e Maurílio, na sede do Jacundá
Fevereiro de 1978. Completamente chapados, Luiz Lobão, Lúcio Preto, Maria Angélica, Lucimara, Elizabeth e Chico Porrada estão deixando a sede do Agrepo a bordo de um carro pilotado por Maurílio. A bonita Lucimara passou o baile de carnaval inteiro cheirando lança-perfume, está totalmente bodada, mas ainda assim quer mais, muito mais. Só que os vidros de Estudantina já secaram há muito tempo.
–
Eu quero cheirar, eu quero cheirar! – implora ela, de olhos fechados, no banco
traseiro do carro, aparentemente em transe mediúnico.
De
vez em quando, ela sai do transe e se joga no pescoço do motorista Maurílio,
quase o fazendo provocar um acidente.
–
Eu quero cheirar, porra, eu quero cheirar! – diz Lucimara, como se estivesse
recitando um mantra.
Maurílio
fica puto:
–
Segura essa vagabunda aí atrás, Lúcio Preto, segura essa vagabunda aí atrás,
senão ela vai acabar fazendo a gente capotar! – berra Maurílio, ficando cada
vez mais nervoso.
Lúcio
Preto resolve radicalizar. Ele enfia o dedo “maior de todos” no cu – o sacana
nunca usou cueca – e depois leva ao nariz da Lucimara.
–
O que é isso? O que é isso? – ela pergunta, com sua voz pastosa.
–
É cheiro de mari mari! – diz Lúcio Preto. – A onda dele é mais forte do que
lança-perfume ou cheirinho da loló...
Lucimara
sossegou o facho e foi cheirando o dedo do Lúcio Preto, que incrementava a
sustância do cheiro a cada dez minutos, até a maluca ser despejada em sua
residência, já com o dia amanhecendo.
Lucimara
deve ter feito uma viagem inesquecível.
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