segunda-feira, 1 de junho de 2015

217 A VIAGEM LISÉRGICA DA LUCIMARA



Edinês, Afonso Libório, Luiz Lobão, Lúcio Preto e Maurílio, na sede do Jacundá

Fevereiro de 1978. Completamente chapados, Luiz Lobão, Lúcio Preto, Maria Angélica, Lucimara, Elizabeth e Chico Porrada estão deixando a sede do Agrepo a bordo de um carro pilotado por Maurílio. A bonita Lucimara passou o baile de carnaval inteiro cheirando lança-perfume, está totalmente bodada, mas ainda assim quer mais, muito mais. Só que os vidros de Estudantina já secaram há muito tempo.

– Eu quero cheirar, eu quero cheirar! – implora ela, de olhos fechados, no banco traseiro do carro, aparentemente em transe mediúnico.

De vez em quando, ela sai do transe e se joga no pescoço do motorista Maurílio, quase o fazendo provocar um acidente.

– Eu quero cheirar, porra, eu quero cheirar! – diz Lucimara, como se estivesse recitando um mantra.

Maurílio fica puto:

– Segura essa vagabunda aí atrás, Lúcio Preto, segura essa vagabunda aí atrás, senão ela vai acabar fazendo a gente capotar! – berra Maurílio, ficando cada vez mais nervoso.

Lúcio Preto resolve radicalizar. Ele enfia o dedo “maior de todos” no cu – o sacana nunca usou cueca – e depois leva ao nariz da Lucimara.

– O que é isso? O que é isso? – ela pergunta, com sua voz pastosa.

– É cheiro de mari mari! – diz Lúcio Preto. – A onda dele é mais forte do que lança-perfume ou cheirinho da loló...

Lucimara sossegou o facho e foi cheirando o dedo do Lúcio Preto, que incrementava a sustância do cheiro a cada dez minutos, até a maluca ser despejada em sua residência, já com o dia amanhecendo.

Lucimara deve ter feito uma viagem inesquecível.

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