Numa
roda de pôquer no clube Ypiranga, Nei Parada Dura, que tinha ojeriza à gente
“peruando” na mesa, recebe de mão um four de damas. Às suas costas, um sujeito
vê o jogo e discretamente lhe dá um cutucão nas costelas como se dissesse “bota
fudendo, que eu te empresto a pica...”.
Impassível,
Nei Parada Dura dispensa o four na mesa e pede novas quatro cartas do crupiê.
Surpreendido
pela presepada, o sujeito deixa escapar um gemido de dor, quase um uivo
involuntário:
–
Nãããoooo!
E
Nei Parada Dura, deliciado:
–
Sofre, peru filho da puta! Sofre, peru desgraçado, filho de uma rampeira
leprosa com gonorreia no cu! Sofre, miserável!
O
sujeito se afastou da mesa quase correndo.
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