O
engenheiro Paulo Caramuru convidou a Seleção Amazonense de Masters para fazer
um amistoso de futebol contra a Seleção da Eletronorte, onde ele jogava de
volante e era o treinador. Fechando gol do time dos eletricitários, o
imprevisível Juarezinho Tavares.
No
dia combinado, com as duas seleções já fazendo o aquecimento dentro de campo,
Juarezinho chamou Paulo Caramuru e cantou a pedra:
–
Aquele número dez, eu conheço! Aquele é o Mário Gordinho! Não deixa ele chutar,
porra, não deixa ele chutar, que ele é foda!
Mal
o jogo começou, o ponta direita da Seleção de Masters, o endiabrado Camarão,
driblou o lateral esquerdo Nelsinho, foi até a linha de fundo e cruzou dentro
da área. O volante Paulo Caramuru subiu mais alto do que todo mundo e cabeceou
a bola com violência lá para a intermediária.
Mário
Gordinho, que estava plantado na intermediária, nem deixou a bola cair no chão.
Do jeito que ela vinha, ele deu uma “chinelada” com tanta força, que a bola
entrou no ângulo, bateu na rede e voltou pra fora da grande área.
O
goleiro Juarezinho, que havia ficado parado embaixo da trave sem esboçar
nenhuma reação, saiu de seu estado de rigidez cadavérica em direção a Paulo
Caramuru, aos gritos, completamente transtornado:
–
Eu não te falei, porra! Eu não te falei, porra!
Antes
que Paulo Caramuru esboçasse qualquer reação, Juarezinho já estava tirando a
camisa de goleiro, entregando pro técnico e saindo de campo.
Ele
é que não ia ser desmoralizado daquele jeito. O Mário Gordinho é foda!
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