terça-feira, 2 de junho de 2015

187 JOGO DURO


Março de 1985. O vagabundíssimo time do Estrela do Mar, do Paulo Cabeça, que trabalhava como supervisor técnico do CQ da Semp-Toshiba, arrumou um jogo contra o Flamenguinho da Ilha da Paciência e ele me convidou para reforçar seu esquadrão na posição de cabeça de área.

Eu já conhecia o entrosado time do Flamenguinho. E também conhecia o elenco de pernas-de-pau do Estrela do Mar.

Estava na cara que aquilo ia ser uma roubada.

Dei uma desculpa qualquer e me livrei da encrenca.

Umas duas semanas depois, encontro casualmente o Paulo Cabeça no restaurante do Cecomiz.

– E aí, bicho, como é que foi a excursão pra Ilha da Paciência? – perguntei.

– Ah, foi legal! – devolveu Paulo Cabeça. – A gente empatou de 5 a 5.

– Foi mesmo? – reagi, surpreso. – E quem fez os gols de você?...

– Ninguém! – explicou Paulo Cabeça. – É que quando combinamos o jogo, eles nos deram cinco gols de vantagem...

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