Março
de 1985. O vagabundíssimo time do Estrela do Mar, do Paulo Cabeça, que
trabalhava como supervisor técnico do CQ da Semp-Toshiba, arrumou um jogo
contra o Flamenguinho da Ilha da Paciência e ele me convidou para reforçar seu
esquadrão na posição de cabeça de área.
Eu
já conhecia o entrosado time do Flamenguinho. E também conhecia o elenco de
pernas-de-pau do Estrela do Mar.
Estava
na cara que aquilo ia ser uma roubada.
Dei
uma desculpa qualquer e me livrei da encrenca.
Umas
duas semanas depois, encontro casualmente o Paulo Cabeça no restaurante do
Cecomiz.
–
E aí, bicho, como é que foi a excursão pra Ilha da Paciência? – perguntei.
–
Ah, foi legal! – devolveu Paulo Cabeça. – A gente empatou de 5 a 5.
–
Foi mesmo? – reagi, surpreso. – E quem fez os gols de você?...
–
Ninguém! – explicou Paulo Cabeça. – É que quando combinamos o jogo, eles nos
deram cinco gols de vantagem...
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